Uma página, que ,não, recomendo vivamente.

domingo, 23 de setembro de 2007

Mendigo de mim mesmo.

Virei-me do avesso,
Queria coser, os meus buracos, rotos, todos,
Os que tinha no meu corpo,
Mas nem toda a linha do mundo foi suficiente,
Desenrolei, desenrolei, perdi o fio à meada,
Forcei-o contra mim, e desatei a coser-me,
Mas foi ‘cose de um lado, descose do outro’
Remendos temporários,
Que não impediam de me esvaziar em dor;
Ai, e como dói ser, imperfeito;
Mal feito;
Nem feito sequer,
Como mói, ver-me ao contrario,
Sem fio para me emendar.
Serei sempre o buraco, roto, sem fundo,
Tal como me conformei ser.


Pedro Azevedo 23/09/07

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Obrigado.

Corre vago e vazio,
o meu pensamento,
corre vago e vazio
porque, já não, mais penso.
Agora, apenas sinto,
Agora, apenas quero sentir.

Por: Pedro Azevedo 13/09/07

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ser..

Vomita as tuas sensações,
Expulsa a tua existência
Contraria-te em todas as situações
Define a irreverência,
Vive; pula; mexe; mata; morre
Sente, cheira, o sangue, escorre.
Tarde, em tarde, qual tarde?
Simplesmente tarde, demais, continua corre.
Foge, longe, existe lá, não aqui,
Não digas que alguma vez te vivi
Te amei, sonhei, senti cheirei,
Que algum dia temi, sofri ou rezei,
Por ti, por nós, por aqueles
De quem falei, morri, amei.
Vive; pula; mexe; mata; morre;
Sente, cheira, o amor, ainda escorre.


Por: Pedro Azevedo

Ser.

Sustento o meu existir, numa vastíssima existência, de coisa alguma,
Num vácuo continuo, que aspira as minhas sensações,
Em sonhos inconstantes, incertos e indecisos.


Por: Pedro Azevedo